O INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), instituto que anualmente anuncia grandes lucros (milhões de contos), isto porque grande parte da população trabalhadora é jovem. Temos ainda muito poucos pensionistas, se repararmos pouca gente das nossas famílias são pensionistas do estado, boa parte da nossa população em reforma são emigrantes, por conseguinte a pensão vem do estrangeiro.
O INPS está neste inicio do milénio com excesso de liquidez, e isso não vai continuar por muito tempo, logo prevê-se que daqui à alguns anos (15-20?), à situação pode (vai) inverter, por isso é preciso começar a fazer render o dinheiro disponível.
Para isso o instituto tem feito a gerência desse dinheiro nesse sentido, resta saber se os investimentos são os mais indicados. Investir na ELECTRA, empresa tecnicamente falida, nunca seria um investimento de um particular, por isso da mesma forma não o será para uma pessoa colectiva, como sendo empresas, institutos ou outra organização qualquer.
O investimento do INPS na ELECTRA, independentemente do montante e de que forma se trata nunca é um bom investimento!
O que acontece é que o Governo é que manda, e como a ELECTRA e o INPS, sendo estatais pode-se fazer esse tipo de investimentos ao belo prazer de quem manda, com intuito de tapar algum "buraco" na ELECTRA.
O que se deve é despolitizar esta questão, e trata-la como um assunto puramente económico, e aí se pode provar (ou não) que o investimento é mal feito e só é uma decisão certa para o governo. Sendo assim, o dinheiro da pensão dos trabalhadores cabo-verdianos nesse caso é mal gerido.
A solução passava para a demissão dos responsáveis do INPS, já que são manipulados pelo governo. Esta solução também se aplica aos responsáveis da ELECTRA, devido também ser gerido pelo Governo e não pelos responsáveis.
Em Cabo Verde por mais manipulados que as pessoas forem, não têm a coragem de se demitirem. Percebe-se por um lado porque devem ser do partido dos governos ou tem medo de não arranjarem outro emprego.