O carro a ter depende da sua posição social, do seu trabalho, de status, ou da ambição?
O carro unanimemente é considerado uma fonte de despesa, por isso devia-se aplicar a máxima: ter carro para trabalhar e não trabalhar para ter carro.
Nós todos gostaríamos de ter um carro potente, luxuoso, tracção quatro rodas, de suspensão alta, etc., porque um carro poderoso passa a ideia de o dono ser poderoso, e poder é o que de uma forma ou de outra nós todos queremos ter. O problema é que não conseguimos ter o carro que gostaríamos devido aos custos inerentes não apenas pelo preço da aquisição mas também pelos custos de utilização.
Fiz uns cálculos por alto, um carro para duração de cinco anos, os gastos totais seria de 22 contos/mês, para um que custasse 1000 contos (segunda mão e a gasolina, claro!). No nosso país, para os salários que temos, apenas uma franga da população suporta uma despesa dessas apenas para o carro.
Na nossa terra um alto funcionário não pode ir ao trabalho a pé, porque fica mal… Bom é poluir o ambiente gastando dinheiro independentemente de quem seja.
Pensando no ambiente, temos que deslocar um carro de mais de uma tonelada apenas para carregar uma pessoa cujo peso é de 80 quilos?
Sendo assim, porque não andámos grandes distancias normalmente, o carro ideal seria um smart, carro pequeno, leve, com espaço para duas pessoas e um porta-bagagem pequena.
No dia que realmente precisar de mais espaço apanha-se um táxi, vai-se ver quantas vezes é que precisamos de um, muito poucas vezes.
Aqui no Mindelo os carros eléctricos parecem uma boa ideia, pela distância que percorremos comparado com a autonomia desses.
De todas as formas o melhor meio de transporte de ponto de vista ambiental é a bicicleta, esperamos que um dia os nossos governantes entendem isso e criam infra-estruturas para tal.